quarta-feira, junho 30, 2004

Manobras de emergência ( aquelas que deves fazer qd pensas "Ok agora tou f**ido")

A minha contribuição, baseada nos cagaços que já apanhei, resume-se
ao seguinte:

1)Os incidentes acontecem quando pensamos que somos os melhores do
mundo, já dominamos tudo, somos mesmo bons, e facilitamos...
(normalmente numa fase inicial da aprendizagem, mas já com a mania
que já somos pilotos autónomos) aí a asa dá-nos uma bofetada na cara
pa acordar e rever toda essa história que ouvimos os outros falar
mas n sabemos ao certo o que é: a pilotagem activa.
-Baseado em factos reais: voo na praia, com passagem baixa num
sotavento e consequente negativo ao mínimo toque no manobrador.
Consequência: encontro imediato do 3º grau com a falésia.

2)Voamos em condições térmicas e por muito activos que sejamos,
passamos por um cizalhamento, sotavento, ou outra coisa má terminada
em "ento" (tipo "térmicamisturadacombuédavento"). Aí não há muito
mais a fazer do que segurar o tchã e sair da zona o mais rápido
possível. Este episódio, quando acontece pela primeira vez,
normalmente é seguido de uma sessão espiritual introspectiva em que
chegamos á conclusão de que " se calhar esta história de voar não é
bem pra mim"
-Baseado em factos reais: frontal total, pêndulo, perda, abatida
monstra, pêndulo, ... e por aí fora até compreeder o que estava a
acontecer e corrigir, com controlo da abatida. Noutra situação:
frontal quase a 100%, a ponta que ficou aberta, devido á grande
carga alar rodou com muita energia 180º num eixo horizontal... Já
ouviram falar do Mctwist? Os Rodriguez fazem isso nas comps de acro.
Eu fiz sem querer e n gostei la mt da experiencia. Estava a 50m do
chão.

A reacção do piloto pode ser ainda mais prejudicial do que o próprio
incidente ( quando faz "pilotagem reactiva" em vez da tal "activa")
entrando numa sequência muito má de incidentes encadeados por
sobrepilotagem. Daí que ache que numa fase inicial o melhor é não
actuar muito. manobradores simétricos a 30% deve chegar para parar
qq situação má, numa asa até dhv2.

Acima de tudo jogar pelo seguro e fazer uma evolução consciente do
nível de pilotagem, voar com pilotos mais experientes e "ouvir com
olhos de ver" tudo o que eles têm pa dizer acerca do voo.

FLY SAFE!!!!
Nunos